Na maioria dos doentes com CU a doença localiza‐se à esquerda (67,6%) (tabela 1). A duração média de tratamento com AZA foi de 35,1 ± 30,6 meses. A duração mínima de utilização do fármaco foi 3 meses e a duração máxima foi 136 meses. Em um doente a AZA foi utilizada apenas por 3 meses por mielotoxicidade e selleck kinase inhibitor em 3 doentes
foi usada por 4 meses (em 2 dos quais por mielotoxicidade e em outro por hepatotoxicidade). Os restantes doentes estiveram medicados com a AZA por períodos superiores a 6 meses. A taxa global de efeitos secundários foi de 30,6% (em 11 doentes os efeitos secundários surgiram antes dos 3 meses de tratamento e em 4 doentes surgiram após esse período). Nenhum doente havia sido tratado previamente com biológicos ou metotrexato. A maioria dos doentes (83,3%) estava medicada concomitantemente com 5‐ASA. Na altura da introdução da AZA, a mesma percentagem selleck chemical de doentes (83,3%) estava também medicada com corticoides, com uma duração média de 6,8 ± 10,0 meses. A AZA foi eficaz em 48 doentes (66,7%). Na CU a AZA foi eficaz em 70,6% dos doentes e na DC em 60%. A tabela 2 caracteriza de forma discriminada a população estudada, de acordo com a eficácia do tratamento a longo prazo. O sexo, o
tipo de doença (DC/CU/DII) e a idade de diagnóstico da DII não têm relação com a eficácia da AZA a longo prazo. Existe relação entre through a idade de introdução da AZA e a resposta a longo prazo do fármaco, embora esta relação seja sustentada estatisticamente por
uma significância marginal (r = 0,228, p = 0,054). Quanto mais avançada a idade do doente na altura da introdução da AZA, maior a eficácia do fármaco a longo prazo. No que respeita ao tempo de evolução da doença, não se verificou correlação com a eficácia sustentada da AZA (r = 0,097, p = 0,416). Utilizando a regressão linear, pelo método stepwise, verificou‐se que a única variável que prediz o sucesso a longo prazo da AZA aquando do início da terapêutica é a idade mais avançada na altura da introdução do fármaco (R = 0,303, p = 0,019) (fig. 1). Neste modelo utilizaram‐se como variáveis o sexo, o tipo de doença, os PL antes do início da terapêutica, o tempo de evolução da doença e a idade do doente na altura da introdução da AZA. Além disso, avaliando o subgrupo de doentes com CU, verificou‐se também associação entre a localização da doença e a eficácia da AZA a longo prazo, sendo que os doentes com colite esquerda respondem de forma mais favorável do que os doentes com pancolite (r = –0,381, p = 0,026). Já nos doentes com DC, não se observou relação com a eficácia da AZA no que respeita ao fenótipo, à localização e à presença de doença perianal, tal como se verifica na tabela 2.